Como o veganismo ensina os nossos filhos sobre respeito e empatia?
Eu sempre digo: se tem algo que quero que meus filhos aprendam é sobre empatia.
Como mãe, gostaria que eles conseguissem entender a dor do outro.
Entender que nossas atitudes influenciam a vida do outro. E perceber a dor do outro nos permite tentar ajudar a diminuí-la.
Isso me parece tão importante para viver em sociedade. Saber que o mundo não gira em torno de nós. E que se eu faço algo eu posso machucar alguém.
Quando me tornei mãe, percebi que o meu discurso precisava, mais do que nunca, andar junto com as minhas atitudes. E falar para meus filhos sobre respeito ao outro e aos animais não seria suficiente, se realmente não os respeitasse.
Foi qd conheci o veganismo. E descobri que todo aquele discurso que eu já tinha, de não maltratar o gatinho, fazer carinho no cachorro, admirar a formiguinha, não machucar o passarinho, não se aplicaria se eu continuasse comprando animais mortos pra alimentar minha família. Animais esses que sofreram para serem abatidos. Nesse momento, eu fiz a escolha de respeitar a todos. Inclusive àqueles que a gente fazia questão de não olhar, pra não enxergar a imensidão da dor. Paramos de comer os animais.
Ensinar os filhos sobre porque não comê-los foi tão simples: "não comemos animais porque animais são amigos. A gente não come amigos, não é?" "Comer carninha faz dodói no animal. Tadinho do animal. A gente não quer que ele fique dodói."
E aquelas crianças tão pequenininhas entenderam isso tão facilmente. Muito mais simples do que 2+2 são 4.
Assim eles seguiram o caminho de não comê-los. E passaram a olhar a vida dos animais como algo que importa. E não como seres que estão ali pra nos servir, independente da dor que sintam por nossa escolha.
Veganismo fala sobre respeito. E falar sobre respeito ao outro, seja ele um animal, a natureza, um amiguinho ou uma outra pessoa está interligado. É respeito. O exercício de pensar no outro torna-se fluido.
Essa foi minha escolha. Ensinar respeito, empatia, compaixão começando pelas nossas pequenas escolhas. Pelo nosso prato, dentro da nossa casa. Naquele lugar onde ninguém nos vê. Pra mostrar que respeito a gente escolhe porque é o certo a se fazer.
Porque é o que faz o mundo ser mais leve e mais justo. Porque é o que gostaríamos que os outros fizessem por nós. Não por que é o que esperam que a gente faça.
Essa é a minha experiência. A minha visão de mundo e da maternidade.
Qual a sua? Me conta aqui.
27 de Abril de 2022